Ajuste nas metas não foi surpresa para as agências de risco, diz Levy

Os ajustes promovidos pelo governo nas metas fiscais de 2015, 2016 e 2017 não foram uma surpresa para as agências de classificação de risco, na avaliação de Joaquim Levy. O ministro da Fazenda deu a declaração nesta quinta-feira, 23, durante teleconferência organizada pelo banco JP Morgan.

Apesar do quadro delicado, o ministro diz não acreditar em rebaixamento da nota de crédito do Brasil a ponto de se perder o selo de grau de investimento. “Não temos ameaça importante neste momento”, disse, acrescentando que a Petrobras, envolvida em investigações de corrupção, conseguiu, segundo ele, resolver seus problemas.

Segundo Levy, o comprometimento do governo para ajustar suas contas é claro e o Brasil, na sua avaliação, tem capacidade para reagir a choques.

“Estamos comprometidos a tomar as medidas necessárias”, reforçou o ministro, repetindo que o governo vai continuar mantendo a disciplina fiscal. Levy disse, também, que o cenário econômico atual ainda é gerenciável, bem diferente do que já havia ocorrido em outras ocasiões.

Levy fez questão de lembrar que o Brasil conta com “colchões importantes de proteção, como as reservas internacionais”. O ministro comentou que, mesmo com a deterioração fiscal, não houve mudança fundamental na dinâmica da dívida pública.

O ministro admitiu, porém, que colocar as contas em ordem não deve ser tarefa fácil. “Queremos cortar gastos em várias áreas, mas é uma questão complicada”, afirmou. Ele ainda observou que a receita tributária caiu em vários meses e que o governo vai continuar a buscar receitas adicionais. “Vamos voltar ao crescimento quando os agentes se sentirem confiantes na política econômica”, concluiu.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo