A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) está enfrentando ventos contrários diante do aumento da produção de petróleo de rivais, disse nesta quinta-feira a Agência Internacional de Energia (AIE), no mais recente aviso de que o esforço da Opep de cortar a produção para elevar os preços da commodity pode não surtir o efeito desejado.

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A Opep – cartel de 13 países que juntos possuem mais de um terço da produção de petróleo bruto global – prometeu desacelerar a produção em 1,2 milhões de barris por dia, ou quase 4% da produção total, em 30 de novembro, com o acordo entrando em vigor no dia 1º de janeiro.

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Onze países fora do grupo – incluindo a Rússia – também concordaram em se juntar ao acordo, com cortes de 558 mil barris por dia em 10 de dezembro.

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Apesar das promessas para reduzir a produção da Rússia e outros, a agência atualizou suas estimativas de crescimento da produção dos países fora da Opep em 175 mil barris por dia neste ano, subindo para 380 mil barris por dia.

Segundo a agência, isso virá em grande parte do aumento da produção dos EUA, no qual a AIE projetou crescimento de 170 mil barris por dia em 2017. A indústria não se tornou mais eficiente na sequência de uma era de preços baixos do petróleo, com tempos mais curtos de perfuração.

Na quarta-feira, a Opep elevou suas projeções de produção dos EUA para 230 mil barris por dia em 2017.

Mas a AIE disse que os projetos planejados para entrar em funcionamento no Brasil e no Canadá vão trazer também um aumento de 415 mil barris por dia neste ano para os dois países.

A notícia vem depois de a Opep cortou sua produção em dezembro, podendo diminuir ainda mais neste mês à medida que cortes de produção são implementados. A agência disse que a produção de petróleo bruto da Opep caiu 320 mil barris por dia a partir de taxas de registro para 33,09 milhões de barris por dia em dezembro, depois que a Arábia Saudita interrompeu a produção e menor oferta na Nigéria. O cartel afirmou que sua produção caiu 221 mil barris por dia no mês passado.

Segundo a AIE, os “primeiros indícios sugerem que uma redução mais profunda da Opep pode estar em curso em janeiro, uma vez que a Arábia Saudita e seus vizinhos fizeram cortes de fornecimento”.

Por outro lado, a própria Opep enfrenta desafios internos de maior produção da Líbia e Nigéria, ambos os quais estão isentos dos cortes de produção. A produção da Líbia, por exemplo, subiu acima de 70 mil barris por dia no início deste mês – seu mais alto nível em três anos – depois de um gasoduto importante foi reaberto no país. Fonte: Dow Jones Newswires.