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AIE eleva projeção de demanda por petróleo, mas alerta para situação dos EUA

A Agência Internacional de Energia (AIE) informou nesta terça-feira que elevou a estimativa de expansão da demanda global de petróleo em 2018 de 1,3 milhão de barris por dia (bpd) para 1,4 milhão de bpd, refletindo as expectativas de crescimento econômico mundial neste ano.

A expansão da demanda prevista para o ano de 2018 é menor do que a projetada para 2017, que teria sido de aumento de 1,6 milhão de bpd. “Retardam o crescimento da demanda em 2018 os preços mais altos do petróleo, a diminuição da necessidade da China por energia e as transações de combustíveis em países não pertencentes à OCDE”, avaliou a AIE.

A agência ponderou, no entanto, que embora a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) esteja comprometida em reduzir a exploração do óleo, há sinais de aumento de oferta, especialmente vindos dos Estados Unidos.

“Todos os indicadores sugerem que um crescimento rápido continuado nos Estados Unidos estão em perfeito alinhamento, como alta dos preços do barril do petróleo, aumento das perfurações e ampliação da produção nas áreas de xisto”, comentou a AIE, que projeta que o país possa ultrapassar a Rússia e a Arábia Saudita na extração de óleo.

Na avaliação da AIE, os produtores de xisto dos Estados Unidos desfrutam de uma segunda onda de crescimento por causa da redução dos custos de exploração. “O aumento da produção fora da Opep, principal nos EUA, pode superar o crescimento da demanda global”, alertam.

Durante o mês de janeiro, a oferta global de petróleo caiu para 97,7 milhão de barris por dia em janeiro na comparação com o mês anterior. Mas ante o mesmo mês de 2017, houve aumento em 1,5 milhão de bpd. De acordo com a AIE, a produção de petróleo dos 14 membros da Opep ficou inalterada em 32,16 milhões de bpd no mês passado.

Em comentário as perspectivas para preço, a AIE afirmou que os fundamentos neste começo de 2018 dão “menos apoio aos preços”.

Ao mesmo tempo, a agência vê que o mercado tem sido muito dinâmico e pode mudar nos próximos meses, dada a crise na Venezuela e o dinamismo da economia global. “Como resultado, os preços podem se manter em níveis recentes, mesmo com o aumento da produção dos EUA. Se assim for, a maioria dos produtores ficará tranquila. Caso contrário, a história de 2014 pode estar se repetindo”, disse o texto.

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