A Agência Internacional de Energia (AIE) continuou a reduzir suas previsões para a demanda mundial do petróleo, enquanto elevou suas previsões para o crescimento da oferta neste ano. Desde janeiro, o órgão cortou em 200 mil barris por dia sua projeção para a demanda de petróleo em 2013 e aumentou em 200 mil barris por dia sua previsão para o crescimento da oferta de países que não fazem parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

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“A taxa de crescimento moderada da demanda de petróleo parece cada vez mais enraizada diante dos preços elevados do petróleo e do crescimento econômico fraco”, disse a AIE.

Em seu relatório mensal observado de perto no mercado de petróleo, a agência, que representa os interesses dos maiores países ricos consumidores de energia, estimou que a demanda de petróleo crescerá em somente 820 mil barris por dia neste ano, para 90,6 milhões de barris por dia, enquanto a oferta de países que não fazem parte da Opep aumentará em 1,1 milhão de barris por dia, para 54,5 milhões de barris por dia.

O boom do petróleo de xisto nos EUA contribuiu para um forte aumento na oferta de países que não participam da Opep e a AIE afirmou também que há perspectivas de que cerca de 200 mil barris por dia de petróleo poderão retornar ao mercado até o fim do ano, se o Sudão do Sul retomar as exportações.

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A agência afirmou que suas previsões são mais pessimistas do que a de muitos outros observadores do mercado. A Administração de Informação de Energia dos EUA projeta crescimento da demanda em pouco mais de 1 milhão de barris por dia.

A AIE disse que continua cautelosa sobre o crescimento da demanda devido a uma série de desdobramentos econômicos negativos, incluindo os cortes automáticos de gastos no orçamento dos EUA, a piora do sentimento das empresas na China e a contínua deterioração do emprego na Europa.

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No entanto, a agência destacou também os riscos que o mercado continuar a enfrentar, após a morte do presidente da Venezuela Hugo Chávez no início deste mês, elevando as questões sobre o futuro da indústria do petróleo do país que tem enfrentando há tempos a falta de investimentos e o envelhecimento da infraestrutura. As informações são da Dow Jones.