A Agência Internacional de Energia (AIE) revisou em alta sua previsão para a demanda global por petróleo em 2010 e em 2011, após um terceiro trimestre mais forte que o esperado. No entanto, a agência reduziu as expectativas de aumento nos preços em 2011, dizendo que haverá “níveis confortáveis de oferta”. No relatório mensal divulgado hoje, a AIE afirmou esperar que a demanda global atinja 86,9 milhões de barris por dia neste ano e aumente para 88,2 milhões de barris por dia no ano que vem.

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As estimativas são 300 mil barris diários mais altas que as previsões anteriores, em boa parte por causa das expectativas do Fundo Monetário Internacional (FMI) de um crescimento econômico global robusto. A AIE espera ainda que o crescimento da demanda se desacelere de 2,1 milhões de barris diários neste ano, em comparação com o ano passado, para 1,2 milhão de barris diários em 2011. Os cálculos são baseados na estimativa do FMI de crescimento global de 4,7% em 2010 e de 4,2% em 2011. Caso o crescimento global seja de cerca de 3%, a demanda por petróleo cairá para 87,1 milhões de barris diários, segundo a AIE.

Com relação aos preços, a agência não se juntou ao coro dos que preveem cerca de US$ 100 por barril em 2011, depois que os contratos superaram US$ 80 por barril no início deste mês. No entanto, David Fyfe, editor do relatório, afirmou que se a demanda crescer à taxa anual de 2 milhões de barris por dia em 2011, a oferta pode diminuir e os preços podem se acelerar.

O relatório da AIE também mostrou que o volume de petróleo não usado em nações industrializadas alcançou o segundo maior nível desde o início da pesquisa mensal, em 1984. Os estoques de petróleo em países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) subiu 15,8 milhões de barris, para 2.79 bilhões de barris.

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Os estoques de petróleo em países da OCDE subiram para 61,1 dias de abastecimento em agosto – o maior nível desde agosto de 1998 e acima da estimativa de 60,5 dias em julho. No entanto, os dados preliminares indicam uma forte queda nos estoques dos países industrializados em setembro, de 31,7 milhões de barris. As informações são da Dow Jones.