Água em excesso no frango resulta em punição

Três empresas – a BRF Brasil Foods, a Rigor Alimentos e a paranaense Cooperativa Agroindustrial Consolata (Copacol), de Cafelândia – foram impedidas, pelo Ministério da Agricultura, de comercializar carnes de aves in natura congeladas ou resfriadas. De acordo com o órgão elas adicionam, nos produtos, mais água do que o permitido pela legislação. A Copacol garante que já foi fiscalizada e está comercializando seus produtos normalmente.

De acordo com uma nota técnica com data de terça-feira (3), disponível no site do Ministério, a BRF, que tem sede em Santa Catarina, foi proibida de comercializar o produto no dia 2 de agosto. A medida foi aplicada à paulista Rigor Alimentos no dia 14 de julho e à Copacol no dia 21 de julho. As empresas foram submetidas ao Regime Especial de Fiscalização, que determina análise de todo o estoque antes da liberação para o comércio. Este ano, oito empresas já foram incluídas nesse regime.

Para enquadrar as empresas, fiscais do Ministério recolhem amostras no comércio varejista do País e avaliam a quantidade de água resultante do descongelamento. Mais de mil amostras são recolhidas por ano. Uma portaria do órgão permite que carcaças e cortes de aves contenham até 6% de água depois de descongeladas.

Constatada alguma irregularidade, além de autuação e multa, é aberto Regime Especial contra a companhia, que dura até que a correção seja comprovada. Durante o regime, os programas de autocontrole da empresa são revisados e são feitas análises de lotes dos produtos. Desde 2007, 34 empresas já foram submetidas a esse procedimento.

Resposta

A Copacol afirmou que está comercializando normalmente carne de frango, tanto no Brasil como no exterior. Através de um comunicado, a diretoria da cooperativa informou que a fiscalização realizada pelo Ministério começou em 21 de julho, mas foi encerrada anteontem.

De acordo com a empresa, foram fiscalizados o estoque de produtos acabados e o processo de abate de carne de frango. “Não foram constatadas irregularidades nas amostras das análises realizadas com relação à quantidade de água resultante do descongelamento dos produtos”, informou a empresa, que garante que, atualmente, o Ministério realiza apenas procedimentos burocráticos para encerramento dos trabalhos.

O comunicado da Copacol segue, concluindo que “os resultados das análises certificam a Copacol como uma indústria apta a produzir alimentos, especializada e segura para atender com qualidade as demandas do mundo inteiro”.

Serviço


Se o consumidor detectar excesso de água na carne de ave congelada, pode denunciar a irregularidade na Ouvidoria do Ministério da Agricultura, pelo telefone 0800-704-1995.

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