A Advocacia-Geral da União (AGU) acionará na Justiça o ex-presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) Luiz Augusto Ferreira para esclarecer denúncias feitas contra o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos da Costa. Em nota, Costa informa que a AGU decidiu representá-lo e entrará com uma interpelação judicial para pedir explicações.
No domingo, 1, Ferreira disse, em entrevista ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, que recebeu “pedidos não republicanos” de Costa. Ferreira foi exonerado na quarta-feira, 4, e substituído pelo secretário adjunto de Costa, Igor Calvet.
Entre os pedidos relatados por Ferreira foi o de que a ABDI bancasse o aluguel de salas em São Paulo sem necessidade. O aluguel, de acordo com o agora ex-chefe da agência, serviria para abrigar escritórios da secretaria de Costa e criaria um custo adicional de R$ 500 mil por ano à agência, que é mantida por meio de repasses de recursos do Sistema S. Costa nega irregularidades.
Na segunda-feira, 2, após ser questionado sobre as acusações de Ferreira contra Costa, Bolsonaro afirmou que um dos dois (Luiz Augusto Ferreira ou Carlos da Costa) “perderia a cabeça”.
A ABDI, uma agência que tem como foco fomentar a inovação e melhorar a competitividade da indústria nacional, é formalmente ligada ao Ministério da Economia e tem Costa como presidente de seu conselho deliberativo.
Criada em 2004, a agência tem como atribuição desenvolver estudos e pesquisas que possibilitem maior competitividade da indústria brasileira, principalmente relacionadas à inovação e a novas tecnologias.