O saldo da balança comercial do agronegócio ficou positivo em US$ 63 bilhões em 2010, segundo informou hoje o Ministério da Agricultura. O valor recorde é US$ 8,1 bilhões superior ao registrado em 2009 e três vezes maior que os US$ 20 bilhões observados no superávit do comércio global do Brasil no mesmo período.
No ano passado, as exportações do setor atingiram US$ 76,4 bilhões, o que também foi um volume recorde. Na comparação com 2009, quando as vendas ao exterior somaram US$ 64,7 bilhões, o valor é 18% maior. O montante supera em US$ 4,6 bilhões as vendas de US$ 71,8 bilhões registradas em 2008, até então o melhor ano para as vendas externas do setor. Em relação às importações, o crescimento de 2009 para 2010 foi de 35,2%, passando de US$ 9,9 bilhões para US$ 13,4 bilhões no período.
China
A China se consolidou em 2010 como o país que mais compra produtos do agronegócio brasileiro. O país asiático conquistou a liderança do ranking pela primeira vez em 2008 e, desde então, permanece na primeira colocação. No ano passado, o Brasil registrou aumento de 23,4% das vendas do setor para os chineses. Assim, a fatia de importação desses produtos pelo país representou 14,4% do total de itens do agronegócio vendidos pelo Brasil.
Na sequência do ranking aparecem os Países Baixos e os Estados Unidos, com 7,1% do total exportado cada. Os Países Baixos têm relevância por conta do Porto de Roterdã. As vendas externas para a Rússia, principal mercado de destino das exportações brasileiras de carne e açúcar, apresentaram crescimento de 45,9%. Também foi destaque em 2010 o incremento das vendas para o Irã (86%), principalmente pela compra de carne bovina. Merecem atenção ainda o aumento das vendas para o Egito (70,1%) e para a Venezuela (36,2%).
Em relação a blocos e continentes, a Ásia também se consolidou no ano passado como o principal destino das vendas do agronegócio brasileiro, registrando crescimento de 16,8% e sendo responsável por 30,1% de todas as exportações de produtos nacionais. Embora a taxa de participação da União Europeia tenha caído de 29,3% para 26,7%, o bloco ainda é o segundo mercado de destino, com crescimento de 7,5% no último ano. O Oriente Médio se manteve na terceira posição de importadores, com crescimento de 31,3% e participação de 10%.