As exportações do agronegócio brasileiro somaram US$ 27,889 bilhões entre janeiro e novembro deste ano, o que representa crescimento de 22% sobre os US$ 22,863 bilhões registrados em igual período do ano passado. Ou seja, o agronegócio sozinho vai exportar quase US$ 30 bilhões e será responsável por cerca de 40% do total das vendas ao exterior brasileiras no ano de 2003, estimadas pelo governo em US$ 73 bilhões a US$ 74 bilhões.
Até novembro, as importações do agronegócio somaram US$ 4,372 bilhões, aumento de 6,3% na comparação com os US$ 4,111 bilhões registrados em igual período de 2002. Já o saldo comercial do setor foi de US$ 23,517 bilhões nos primeiros 11 meses de 2003, 25,4% maior que os US$ 18,752 bilhões do mesmo período do ano passado.
Ao avaliar os resultados, o chefe do Departamento de Comércio Exterior da CNA (Confederação Nacional da Agricultura), Antônio Donizeti Beraldo, projeta que as exportações do agronegócio de 2003 vão ultrapassar US$ 29,5 bilhões, contra US$ 24,8 bilhões, no ano passado.
O complexo soja é o principal responsável pelo bom desempenho comercial do agronegócio este ano, segundo Beraldo. O complexo soja (óleo, grão e farelo) respondeu por exportações de US$ 7,622 bilhões entre janeiro e novembro deste ano, 33,4% a mais que os US$ 5,714 bilhões do mesmo período de 2002.
Nesse segmento, houve aumento dos volumes negociados e elevação dos preços médios pagos no mercado internacional, diz Beraldo. Nos primeiros nove meses deste ano, o Brasil exportou 34,130 milhões de toneladas de produtos do complexo soja, contra 29,010 milhões de toneladas em igual período do ano passado, o que representa crescimento de 13,4%.
Já o preço médio pago entre janeiro e novembro deste ano pelos produtos do complexo soja foi de US$ 223,33 por tonelada, frente a US$ 196,97 por tonelada, em igual período do ano passado.
