Agronegócio perde 1,7 bilhão com nova Cofins

Brasília – O secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Amauri Dimarzio, disse ontem que irá se reunir com o ministro Roberto Rodrigues, na segunda-feira, para discutir um estudo que recebeu de representantes do agronegócio sobre o impacto do aumento da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins) no setor. A cadeia do agronegócio estima um desembolso adicional de R$ 1,7 bilhão com o reajuste da alíquota da Cofins de 3% para 7,6%.

Dimarzio avaliou que este impacto pode ter passado despercebido durante as discussões da reforma tributária porque o produtor não tem como se creditar do tributo. O secretário observou que há duas propostas para reverter o efeito do reajuste da Cofins: a concessão de crédito presumido ou a isenção da contribuição sobre os insumos do agronegócio (como defensivos, fertilizantes, rações e sementes).

O estudo dos produtores, segundo Dimarzio, prevê um aumento de 5,07% dos preços dos insumos, o que irá afetar o produtor. Para ele, há condições de corrigir este efeito prejudicial ao setor, talvez em uma medida provisória. “O Ministério da Agricultura vai defender a correção dessa distorção”, previu Dimarzio.

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