Agricultores fecham agência do Banco do Brasil em Londrina

Dando continuidade à onda de protestos contra a crise na agricultura, produtores rurais fecharam ontem a agência do Banco do Brasil no calçadão de Londrina – mesmo prédio onde funciona a gerência regional do banco. Segundo os organizadores, cerca de 1,5 mil agricultores participaram da mobilização, incluindo produtores de municípios próximos, como Rolândia, Cambé, Arapongas, Bandeirantes, Jataizinho e outros.

A mobilização teve início por volta das 8h, no Sindicato Rural de Londrina, em frente ao Parque de Exposições Ney Braga. De lá, os produtores rurais seguiram em carreata até o centro da cidade. De acordo com o presidente da Associação dos Produtores da região de Londrina, Narciso Pissinati, cerca de cem tratores foram levados até o calçadão da cidade e impediram a entrada de funcionários e clientes na agência bancária.

O acesso ao banco só foi liberado por volta das 15h, quando os produtores fizeram uma carreata pelo centro da cidade e retornaram ao Sindicato Rural. ?Foi um movimento muito bom?, avaliou Pissinati. No sindicato, a idéia era definir estratégias sobre a mobilização que ocorre nos próximos dias.

A cada dia os produtores rurais vêm adotando estratégias diferentes para chamar a atenção da sociedade e sensibilizar o governo federal para uma das piores crises da agricultura. Na segunda-feira, os agricultores fecharam onze agências do Banco do Brasil, no Norte do Paraná. Os protestos, que começaram no último dia 7 e tiveram o seu ponto alto no dia 16 – com o megaprotesto ?Grito do Ipiranga?, que reuniu cerca de 70 mil pessoas no Paraná -, devem seguir até amanhã, quando o governo federal anuncia o Plano Safra. Os produtores rurais pedem o alongamento das dívidas, a desoneração de insumos agrícolas, preços mínimos dos produtos. Reclamam ainda do dólar baixo, que vem afetando a renda do setor. Protestos semelhantes estão ocorrendo na Bahia e no Mato Grosso.

Reunião

Na próxima segunda-feira, dia 29, os representantes dos sindicatos rurais se reúnem no prédio da Federação da Agricultura no Estado do Paraná (Faep) para discutir as medidas para o setor. Segundo o presidente da Faep, Ágide Meneguette, a reunião contará com a participação de um representante da superintendência do Banco do Brasil, que explicará como e a partir de quando as medidas chegarão de fato ao produtor.

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