Agricultores familiares promovem mobilização

Os agricultores familiares estão, desde ontem, mobilizados nacionalmente para pressionar os governos estaduais e federal a dar maiores garantias à renda das famílias, melhorar a política habitacional e acelerar a regularização fundiária.

Em Curitiba, ontem, os manifestantes entregaram reivindicações em duas secretarias de Estado e no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Para hoje, estão programados mais protestos e audiências em órgãos federais e estaduais, além de uma distribuição de alimentos à população.

De acordo com o secretário-geral da Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (Fetraf-Sul), Marcos Rochinski, os agricultores precisam de mecanismos mais eficazes para terem sua renda garantida.

“Temos importância econômica, produzimos alimentos, mas não temos segurança de renda. Está na hora do governo federal colocar a mão no cofre”, afirma. Para ele, um exemplo da insegurança do agricultor familiar pode ser visto na região Sul do País, que vem sofrendo com a estiagem.

Além da garantia de renda, os agricultores querem uma política habitacional mais eficaz. Entre as sugestões, eles estão apresentando um projeto-piloto para a construção de casas com madeira apreendida ou de reflorestamento do próprio Estado. Eles também estão sugerindo a implantação de um programa de proteção e recuperação de fontes de água, e de sistemas alternativos de captação.

A regularização fundiária também está na pauta de reivindicações. Para Rochinski, o custo para regularizar uma propriedade – seja judicial ou em cartórios – é muito elevado para os agricultores familiares. E, sem a devida documentação, eles não conseguem acessar políticas públicas, lembra o dirigente.

Programação

Ontem, representantes dos agricultores entregaram pautas de reivindicações à Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia (Seti), no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e na Secretaria da Agricultura (Seab). Hoje, pela manhã, eles pretendem entregar uma pauta no Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e seguir em caminhada até a sede do Ministério da Fazenda.

Ao meio-dia, as famílias vão se concentrar na Praça Santos Andrade, onde distribuirão alimentos gratuitamente, como forma de protesto. Também está marcada, para a manhã de hoje, uma audiência com o governador Roberto Requião.

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