Agricultores do Paraná estão produzindo tomates sem resíduos de agrotóxicos e reduzindo pela metade o número de aplicações de agroquímicos para tratamento da cultura. O trabalho é resultado de uma parceria entre a Secretaria de Agricultura e Abastecimento, através da Emater, e a indústria de insumos agrícolas Syngenta.
A experiência realizada na última safra envolveu 40 produtores em seis municípios. “A proposta básica é usar a tecnologia do manejo integrado de pragas e doenças com o monitoramento da cultura. Com isso, além de obter um produto saudável, seguro do ponto de vista alimentar, o agricultor está reduzindo custos de produção, preservando a saúde das pessoas que trabalham na propriedade e evitando agressões ao meio ambiente”, explica Paulo Cesar Hidalgo, extensionista da Emater de Cornélio Procópio, responsável pela coordenação do projeto.
Os produtores atendidos pelo programa recebem capacitação através de cursos e reuniões práticas de campo. “Na propriedade, o agricultor conta ainda com a assistência de um profissional que duas vezes por semana faz o monitoramento da cultura. Ele avalia a presença de pragas, seus inimigos naturais e os níveis de danos sofridos pela planta.
Com essa informação, um engenheiro agrônomo decide o que fazer. Geralmente procurando indicar, quando necessário, a aplicação de um produto de baixo impacto ambiental, seletivo (que não mata os inimigos naturais da praga) e com menor período de carência”, esclarece Paulo Hidalgo.
O Norte do Paraná produz 60% da safra paranaense de tomate. São cerca de 1,7 mil produtores que se dedicam à cultura, explorando uma área de 1,5 mil hectares, gerando uma renda anual de R$ 21 milhões e 2,1 mil empregos diretos nas propriedades.
