O governo não sairá derrotado caso leve a reforma da Previdência a voto e perca em plenário, defendeu nesta terça-feira, 30, o vice-líder do governo na Câmara, Beto Mansur (PRB-SP). Segundo ele, o governo já é “vitorioso” por ter encaminhado a proposta, agora a tarefa cabe ao Congresso. “Está na hora de chamar à responsabilidade os nossos colegas parlamentares”, disse após reunião com lideranças na residência oficial do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

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O governo já tentou no ano passado jogar a responsabilidade pela reforma da Previdência para o Congresso Nacional, o que inclusive gerou atritos na articulação política.

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Mansur ainda deixou a porta aberta para possíveis mudanças no texto da reforma em plenário. Segundo o vice-líder, a proposta que será lida dia 6 no plenário será a emenda aglutinativa do relator, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), mantendo os pilares que são a fixação de idades mínimas e o combate a privilégios. “Não mexemos nada com relação a servidores públicos. Mensagem é que governo quer acabar com privilégios”, disse. Mas a decisão final caberá ao plenário, reconheceu. “É claro que governo está aberto ao diálogo. Quem vai decidir sobre emenda aglutinativa no plenário são os parlamentares”, disse.

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Os parlamentares seguem pressionando para flexibilizar a regra que pretende exigir as idades mínimas finais, de 62 anos para mulheres e 65 anos para homens, para que servidores tenham direito a aposentadoria com o último salário da carreira e reajustes iguais aos dos servidores ativos. Esses postos são considerados “privilégios” pelo governo, mas o deputado Rogerio Rosso (PSD-DF) está negociando uma alternativa, como mostrou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Mansur disse ainda que pesquisas têm mostrado redução de resistências à reforma entre a população. Ele defendeu também que o governo precisa continuar dando esclarecimentos sobre as regras para reverter votos indecisos. O vice-líder disse que é preciso levar a proposta a voto porque há outras pautas a serem endereçadas pelo Congresso neste ano, como reforma tributária e projetos relativos à segurança pública.