Agenda prevê indicadores de inflação e da indústria

A primeira semana de outubro conta com divulgações de indicadores fechados de inflação em setembro, como o IPC-Fipe, o IPC-S e o IGP-DI, mas tem a Pesquisa Industrial Mensal (PIM) de agosto como principal destaque. O levantamento desperta a atenção do mercado financeiro por causa da expectativa em relação ao atual processo de atividade em expansão do País, após as divulgações recentes da ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e do Relatório Trimestral de Inflação do Banco Central, que frisaram a importância de um acompanhamento da evolução da demanda para a manutenção da política monetária, que já mira claramente a meta de inflação do próximo ano.

A PIM de agosto será divulgada na quinta-feira pelo IBGE. Em julho, a pesquisa mostrou um movimento de queda de 0,40% na produção industrial ante junho de 2007. Na comparação com junho de 2006, houve incremento de 6,80%.

Para uma parte do mercado, a atividade industrial deverá ser menos intensa entre agosto e dezembro, o que não deve representar inversão da tendência de recuperação do setor, mas tranqüilizar as correntes preocupadas com a possibilidade de demanda mais forte que a capacidade da já aquecida produção industrial. Outra parte do mercado, porém, não descarta o tradicional movimento de expansão do segundo semestre para suprir a demanda maior do final do ano no comércio, que também deve absorver o pagamento do 13º salário aos trabalhadores a partir de novembro.

A semana começa com o anúncio da balança comercial de setembro, que será feito pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) na segunda-feira (1º). Em agosto, houve superávit comercial de US$ 3,535 bilhões, resultado superior ao de R$ 3,347 bilhões observado em julho.

Ainda na segunda-feira, o mercado conhecerá, por meio da pesquisa Focus do BC, a mediana das expectativas dos analistas para os principais indicadores econômicos brasileiros. A previsão mediana dos analistas do mercado para a inflação em 2007 na última Focus subiu de 4,01% para 4,02% e para o próximo ano se elevou de 4,00% para 4,10%. No Relatório de Inflação divulgado ontem, as previsões do BC para o IPCA pelo cenário de mercado ficou em 3,90% e em 4,30% para 2008. No cenário de referência, que considera constantes as taxas de juros e câmbio, as previsões do BC são de uma inflação de 4,00% em 2007 e de 4 20% para o ano que vem.

Rodada de indicadores de inflação

No mesmo dia, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) anunciará o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-S) de setembro. O indicador iniciou o mês com alta de 0,49%, mas, na seqüência passou por um processo de forte desaceleração, principalmente por conta dos alimentos, antes considerados vilões da inflação. Na segunda quadrissemana, o IPC-S subiu 0,32% e, depois, na terceira medição do mês, apresentou alta de 0,25%.

Na quarta-feira (3), a Fipe divulgará o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da capital paulista referente ao mês de setembro. Na quinta-feira (4), a FGV anuncia o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) de setembro. Nos últimos meses, o indicador surpreendeu o mercado com altas mais expressivas que as projetadas pelos especialistas. Em agosto, por exemplo, o IGP-DI subiu 1,39%, resultado que ficou acima do intervalo previsto pelos analistas ouvidos pela reportagem, de 0 82% a 1,26%, e representou a maior taxa desde maio de 2004, quando o indicador subiu 1,46%.

No mesmo dia será divulgado um importante termômetro de atividade, os indicadores da indústria automobilística da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) referentes a setembro. Em agosto, a entidade que representa as montadoras divulgou números recorde de produção e vendas, tanto para o mês como no acumulado de oito meses. De janeiro a agosto, foram produzidos 1,93 milhão de veículos no Brasil, com vendas internas de 1,53 milhão.

EUA

Nos Estados Unidos, apesar de o calendário trazer a previsão de vários indicadores de produção, preços e do mercado de imóveis, o mercado vai se debruçar sobre os dados oficiais do nível de emprego (payroll), que saem na sexta-feira (5). Em agosto, esse dado azedou os humores dos investidores. Foi anunciada a perda de 4 mil postos de trabalho nos EUA, ante uma previsão de alta de 102 mil posto.

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