África quer ser ouvida em reforma das finanças mundiais

A África tem de ser consultada sobre qualquer reforma na arquitetura financeira mundial, afirmou hoje um representante da União Africana (UA). “Há um problema para nós, e esse problema é que as pessoas tendem a tomar decisões por nós, sem ouvir nossa posição”, reclamou Jean Ping, chefe da comissão da UA.

A declaração foi feita durante evento organizado pela Comissão Européia com membros de países em desenvolvimento em Estrasburgo, no norte da França. “A África exige ser ouvida. Queremos ser ouvidos e desejamos fazer parte das decisões envolvendo nosso destino”, afirmou.

“Eles [os países desenvolvidos] nos impuseram um modelo que nós aceitamos, mas a Ásia rejeitou. Os resultados estão claros para que todos vejam: o desenvolvimento teve sucesso na Ásia, mas fracassou na África”, acrescentou Ping.

Enquanto isso, em Washington, líderes das 20 maiores economias do mundo acertavam um plano de ação para restabelecer o crescimento global e evitar novas crises financeiras. Os países concordaram que o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial, as duas principais instituições financeiras criadas em 1944, em Bretton Woods, devem ser modernizadas.

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