O Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, ganhará um free shop até o final do ano que vem. A loja franca junto à área alfandegada faz parte do projeto do “aeroshopping”, um centro comercial que funcionará dentro do aeroporto – como os inaugurados no ano passado em Porto Alegre e Salvador e o que será implantado neste ano em Recife. “O edital de concorrência pública estará pronto nos próximos dias, com estimativa de início das obras em setembro”, revela o superintendente da Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Portuária) nos aeroportos Afonso Pena e Bacacheri, Mario de Ururahy Macedo Neto. Os investimentos no aeroshopping e no edifício de garagem estão estimados em R$ 32 milhões.
Assinado pelo arquiteto curitibano Ricardo Amaral, o projeto básico do aeroshopping consiste na reformulação da área comercial existente no Afonso Pena, que passará dos atuais 64 para 112 estabelecimentos comerciais, distribuídos no segundo e terceiro andares. Na avaliação do superintendente da Infraero, da forma como está, “o comércio do aeroporto está sub-utilizado”. “O passageiro embarca no segundo andar e as lojas estão no terceiro”, comenta Macedo. A idéia é deixar o varejo no segundo andar e o comércio de longa duração no piso superior, como restaurante, cabeleireiro, loteria e agência de viagens. Até um cinema está previsto no terceiro andar.
Pelo cronograma da Infraero, as obras devem durar um ano. “O sacrifício será recompensado com a melhoria do nível das lojas”, diz o superintendente. Com a conclusão do shopping aeroportuário, Macedo estima geração de 800 a 1.000 empregos diretos e indiretos, que se somariam aos 1.500 existentes no aeroporto.
Free shop
De acordo com Macedo, o free shop será inaugurado na ala internacional do Afonso Pena junto com o aeroshopping, no segundo semestre de 2004. “A proposta do free shop está decidida pela Infraero. É parte integrante de qualquer aeroporto internacional”, enfatiza o superintendente da Infraero. Apesar de só existir um vôo internacional partindo direto de São José dos Pinhais (para Miami, nos EUA), Macedo diz que a intenção é resgatar os vôos para a Europa. Uma linha para Frankfurt, na Alemanha, foi desativada recentemente.
A criação do free shop, segundo o superintendente, está ligada ao potencial de expansão do turismo no Estado. “O aeroporto de Curitiba hoje é de vocação executiva, mas temos turismo aqui e há interesse da secretaria estadual de Turismo e da Abav em aumentar o turismo no Estado. O aeroporto precisa estar preparado para o plano de ação turística do governador Roberto Requião”, justifica.
Assim como os demais estabelecimentos comerciais dentro do aeroporto, a operação do free shop dependerá de licitação pública, já que os espaços funcionam em regime de concessão. No Brasil, já existem lojas francas nos aeroportos de Galeão (RJ), Guarulhos (SP), Salvador (BA), Fortaleza (CE), Recife (PE), Porto Alegre (RS) e Brasília (DF).
