A Aerolíneas Argentinas cancelou mais de 300 voos, contando os que decolariam nos últimos quatro dias e provocaram grandes filas no Aeroparque – o aeroporto doméstico de Buenos Aires – e os que foram suspensos até o dia 30 de julho. A medida afeta principalmente voos locais, mas atinge estrangeiros em conexão e algumas viagens diretas do Brasil. Na quarta-feira, 22, a empresa atribuiu os problemas a fatores ligados às férias de inverno, iniciadas segunda-feira.
A empresa dirigida pelo kirchnerista Mariano Recalde, que ficou fora do segundo turno pelo governo da prefeitura de Buenos Aires no domingo, informou que “a ocupação de seus voos chegou a 100% nos primeiros dias e viajaram efetivamente, desde o começo do recesso, a quantidade recorde de 35.000 passageiros diários, quando a média habitual é de 25.000”. Na prática, a justificativa é que a companhia não estava preparada para operar com 100% da capacidade.
Em outro trecho de um comunicado, a companhia alega que “a meteorologia desfavorável em destinos argentinos como Bariloche, Chapelco e Iguazú, somada à necessidade de realizar tarefas de manutenção em algumas aeronaves, deram lugar a inconvenientes na operação”. A empresa citou ainda como causa dos cancelamentos os conflitos entre sindicatos, que negaram ter qualquer participação nos problemas. A companhia admitiu a prática do overbooking, vendendo mais lugares do que na realidade tinha disponíveis.