Aéreas regionais tentam virar alternativa à TAM e à Gol

As empresas regionais de aviação, que têm sido apontadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, como ferramentas para combater o duopólio da TAM e da Gol no setor aéreo, tentam ganhar musculatura para se tornarem realmente uma opção. Quatro das principais representantes desse segmento – Trip (interior de São Paulo), Total (Minas Gerais), NHT (Rio Grande do Sul) e PumaAir (Pará) – estão investindo US$ 370 milhões para a aquisição de 37 aviões até 2011.

Os investimentos estão sendo realizados, segundo os representantes dessas empresa, na esperança de que haja uma regulamentação para o setor, que no ano passado respondeu por 1 82% dos vôos domésticos, patamar parecido ao verificado desde 2002.

Só a Trip planeja desembolsar US$ 200 milhões para a aquisição de 12 turboélices da franco-italiana ATR, conta o presidente da companhia, José Mário Caprioli dos Santos. De acordo com ele, são modelos ATR 72-500, para cerca de 70 passageiros. Cada avião custa, em média, US$ 17 milhões. A empresa atende 34 cidades em 11 estados com 10 aviões. Até 2009, a Trip planeja servir mais 20 cidades.

Turboélices

A Total programou investimento de US$ 150 milhões para trazer 10 turboélices da ATR, sendo seis modelos 42-500, para 47 passageiros, e quatro 72-500, para cerca de 70 passageiros. Atualmente a frota da empresa é composta por 15 aviões, sendo quatro cargueiros, para voar para 28 cidades, com 80 vôos diários. "Com a chegada das novas aeronaves, pretendemos melhorar o atendimento às cidades onde a Total já opera e expandir a operação dentro de Minas e de Estados limítrofes", afirma o presidente da empresa, Alfredo Meister Neto.

Fundada em 28 de agosto do ano passado, a gaúcha NHT Linhas Aéreas está investindo US$ 18 milhões para montar uma frota de seis aeronaves da LET, fabricante da República Checa. São bimotores turboélices para 19 passageiros, que operam em 10 cidades da Região Sul. O diretor-comercial da companhia, Jeffrey Kerr, conta que está mantendo negociações para a aquisição de até três aviões de 50 a 70 lugares a partir do final de 2008. "Como estou operando em mercados de baixa demanda de transporte aéreo, em todos os destinos que atendo não há concorrência", afirma Kerr.

A PumaAir, sediada em Belém, tem atualmente três aviões na frota sendo um Gran Caravan, avião da Cessna para 9 passageiros, e dois Brasília, da Embraer, para 30 passageiros. A companhia, que atende seis cidades da Região Norte, planeja contar com mais 10 aviões até 2011, por meio de arrendamento – um investimento que deve chegar a US$ 2,5 milhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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