AEB: balança de janeiro indica que superávit será maior em 2016 do que em 2015

O resultado da balança comercial de janeiro, que apresentou o melhor superávit para o mês desde 2007, indica que o País terá um novo saldo positivo em 2016, maior que o de 2015, aposta José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). No entanto, ele pondera, a recessão continuará sendo o principal motivo do saldo, com queda maior das importações em relação às exportações. “Tenho dito que teremos um superávit ‘negativo'”, disse.

Para sustentar a sua aposta, o presidente da AEB faz um exercício de projeção. “Se multiplicarmos a média diária das importações de janeiro, em US$ US$ 516 milhões, pelos 251 dias úteis de 2016, teremos algo em torno de US$ 129 bilhões. Se as exportações de 2016 se mantiverem no patamar de 2015, em US$ 191 bilhões, teremos um saldo positivo de US$ 62 bilhões. No entanto, será um superávit gerado pela queda da atividade econômica”, afirmou.

Mais cedo, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgou que a balança comercial registrou superávit de US$ 923 milhões em janeiro, resultado de exportações de US$ 11,246 bilhões e importações de US$ 10,323 bilhões. As exportações registraram média diária de US$ 562,3 milhões em janeiro, queda de 13,8% em relação ao mesmo mês de 2015, enquanto as importações registraram média diária de US$ 516,1 milhões, com retração de 35,8% na mesma comparação.

“Se o problema do Brasil fosse falta de divisa, esse superávit seria ótimo. Mas não é, já que temos reservas internacionais em torno de US$ 375 bilhões. Nosso problema é atividade econômica. Não haverá melhora da balança comercial se não houver melhora da atividade econômica”, disse Castro.

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