A PricewaterhouseCoopers (PwC) e o escritório de advocacia Arnoldo Wald, administradores judiciais do processo de recuperação judicial da Oi, entregaram à Justiça a sua proposta de remuneração de R$ 317,4 milhões, segundo documentos apresentados à Justiça obtidos pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. Fontes disseram que a proposta foi considerada “fora de qualquer razoabilidade” pelo alto escalão da companhia. A recuperação judicial da tele, o maior na história do País, envolve dívidas de R$ 65 bilhões “espalhada” em um total de 67 mil credores diferentes.

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A PwC argumenta que, apesar da crise financeira, é inquestionável que o grupo Oi “é um dos maiores conglomerados empresariais do setor de telecomunicações do País”, com faturamento anual de mais de R$ 27 bilhões em 2015. A PwC propôs o pagamento de R$ 214,2 milhões, sendo R$ 10,2 milhões nos primeiros 12 meses e R$ 5,1 milhões nos demais 18 meses. Na petição entregue à 7.ª Vara Empresarial do Rio, responsável pela recuperação judicial, a empresa informou que os honorários “estão dentro dos limites estabelecidos em lei”.

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Como exemplo da complexidade do processo, a PwC citou a existência de mais de 300 mil ações judiciais contra as empresas da Oi em recuperação.

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Já o Escritório Arnoldo Wald pede R$ 103,3 milhões a serem pagos em 30 parcelas mensais e sucessivas, com correção. As 10 primeiras parcelas seriam de R$ 5,9 milhões, as 10 seguintes de R$ 2,95 milhões e as 10 últimas, de R$ 1,47 milhões.

Extras. Despesas como de viagens, infraestrutura e contratação de pessoal estão incluídas nas propostas. No entanto, se houver a necessidade de contratação de advogados estrangeiros, diante da expressiva quantidade de credores de outros países, o escritório propõe que esses custos sejam arcados pela própria companhia.

A respeito das despesas para o envio das cartas aos credores, o escritório requer que o juiz autorize o pagamento diretamente pela Oi, “diante do expressivo valor envolvido”. Nos cálculos do Arnoldo Wald, foi considerado que haverá até 30% de divergências e habilitações por parte dos credores.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.