Adidas anuncia a compra da Reebok

A Adidas-Salomon anunciou ontem (em Frankfurt, Alemanha) que está comprando a americana Reebok por U$ 3,8 bilhões, em um acordo que vai expandir seu alcance em um mercado dominado pela Nike, sua maior rival. Segundo maior produtor de artigos esportivos do mundo, a Adidas vai adquirir as ações em circulação da Re-ebok por US$ 59 por título em dinheiro, um prêmio de 34% sobre o preço de fechamento da terça-feira.

O acordo vai mais do que dobrar as vendas da Adidas na América do Norte e impulsionar seu estilo na região. O acordo também aumenta a força da Adidas na Europa e Ásia e seu foco em esportes como o futebol.

A Reebok, que tem sua sede no subúrbio de Boston, tem contratos de exclusividade de produtos licenciados com as principais ligas esportivas dos Estados Unidos, incluindo NFL (futebol americano), NBA (basquete), NHL (hóquei no gelo) e MLB (beisebol). A marca também patrocina grandes astros da NBA, como o armador Allen Iverson e o pivô chinês Yao Ming.

?Juntos, vamos expandir nosso alcance geográfico, particularmente na América do Norte, além de criar uma grande área de alcance para os consumidores?, disse o diretor-executivo da Adidas, Herbert Hainer?, em comunicado, acrescentando que a companhia vai financiar a operação com capital próprio e através de créditos.

A aquisição está sujeita à aprovação dos acionistas da Reebok e das autoridades antitruste, mas a Adidas espera que o acordo esteja concluído já na primeira metade de 2006.

Com vendas combinadas que devem chegar a US$ 9 bilhões, o novo grupo vai encostar nos US$ 13,7 bilhões de faturamento registrado pela Nike no ano fiscal encerrado em maio.

A Adidas espera que seu lucro líquido cresça ao menos 10% ao ano no médio prazo, com a compra da Reebok.

Em comunicado separado, a Adidas também apresentou os resultados do segundo trimestre. Os ganhos cresceram 33%, totalizando US$ 94 milhões, superando as estimativas dos analistas. Já as vendas avançaram 8,2%, somando US$ 1,52 bilhão.

Para 2005, a empresa reiterou que o lucro deve avançar 20%. 

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