Em reunião realizada ontem, em Florianópolis (SC), as representações da indústria e dos produtores de fumo dos três estados do Sul do Brasil apresentaram suas propostas para a negociação do preço do fumo para a Safra 2002/2003, mas não houve acordo. Mesmo assim, a indústria vai praticar já a partir de hoje, 27 – uma tabela acrescida da variação dos custos de produção pesquisados em conjunto, com aumento de 18,67%, ao contrário de outros anos, quando era praticada a tabela da safra anterior. Com a tabela provisória, os fumos Virgínia da classe BO1 passam de R$ 3,25 para R$ 3,86 por quilo, enquanto que a arroba da mesma classe vai passar de R$ 48,75 para R$ 57,90.

A exemplo do ano passado, a proposta do Sindicato da Indústria do Fumo (Sindifumo) previa um aumento diferenciado para as classes de fumo, valorizando as de maior qualidade e procura no mercado. O aumento proposto foi de 21,0% para as classes “O1”, 20,0% para as classes “O2” e “L1” e 18,67% para as demais.

Já os produtores, representados pela Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) e pelas Federações da Agricultura e dos Trabalhadores na Agricultores dos três estados do Sul (Fetag, Farsul, Fetaesc, Faesc, Fetaep e Faep) apresentaram uma proposta de 33,4%, índice bem superior a variação do custo de produção que foi de 18,67%.

Em virtude da grande diferença entre as duas propostas apresentadas, não houve acordo, ficando decidida uma nova rodada de negociação em data a ser definida nos próximos dias.

Garantias

Mesmo não tendo havido acordo na primeira negociação de preço do fumo, o presidente do Sindifumo, Claudio Henn, reafirmou os compromissos assumidos pela entidade na reunião de 30 de julho, como a compra de toda a produção contratada, pagamento do frete e do seguro do transporte, pagamento no quarto dia útil após a compra, aval nos financiamentos, entre outros, conforme estabelecido nos contratos.

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