economia

ACSP: varejo de SP tem maior alta do ano ao subir 3,1% em julho (ante julho/16)

As vendas do varejo paulistano encerraram julho com o maior crescimento mensal de 2017 na comparação com igual mês do ano passado ao subir, em média, 3,1%, divulgou a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) nesta quarta-feira (2). Em relação a junho, sem ajuste sazonal, houve queda de 2,6% na modalidade de venda a prazo e de 2,5% nas compras à vista, mas a instituição argumenta que o sexto mês do ano contou com um dia útil a mais e com datas comemorativas, como o dia dos namorados e as festividades juninas.

De janeiro a julho, as vendas ainda mostram retração de 1,9%, mas a queda desacelerou se comparado ao período finalizado em junho (2,7%), completa a ACSP.

Nos meses anteriores, seguindo a mesma base de comparação, as médias mensais foram: janeiro (-5%), fevereiro (-6,6%), março (-0,3%), abril (-7,5%), maio (0,9%) e junho (1,2%).

As vendas à vista subiram 1,5% sobre julho de 2016 em função das liquidações que começaram na segunda quinzena do mês, segundo a ACSP. Na modalidade a prazo, foi registrada alta de 4,6% na mesma base de comparação, refletindo o aumento das vendas de bens duráveis, de eletroportáteis e de TVs devido ao fim do sistema analógico, avalia a associação.

“Em julho, o comércio paulistano foi impulsionado pela procura por roupas e itens de inverno e pelo período de férias escolares, que movimentou os ramos de alimentação, entretenimento e lazer na cidade”, analisa Alencar Burti, presidente da ACSP e da Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo). Além disso, avalia Burti, a taxa observada de crescimento observada no mês passado foi ajudada pela base de comparação fraca e pelos saques do FGTS inativo.

Burti alerta que o efeito positivo desses recursos extras para as famílias do FGTS não deve permanecer nos próximos meses, já que o período de saques foi finalizado no dia 31 de julho. Além disso, o aumento de combustíveis por causa da majoração da alíquota de PIS/Cofins também deve gerar impacto negativo sobre o comércio no restante do ano.

Contudo, ainda assim, o presidente da ACSP acredita que a queda das vendas no acumulado do ano siga arrefecendo na direção da estabilidade no final do ano.

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