O comércio saiu lucrando com o calor registrado em janeiro. A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) divulgou nesta terça-feira, 4, seu Balanço de Vendas – um indicador que reúne quatro medições de vendas à vista e a prazo, inadimplência e recuperação de crédito. As vendas à vista cresceram 3% em relação a janeiro de 2012 e as a prazo subiram 2,5%, motivadas, de acordo com análise da entidade, por produtos ligados ao aumento da temperatura neste início de ano.
De acordo com nota enviada pela ACSP com exclusividade ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, de 3% do Indicador de Movimento de Cheques (ICH) – que mede as vendas à vista – foi puxado pelos produtos da moda verão nos setores de roupas e calçados e pelo aumento da procura dos consumidores por ventiladores e aparelhos de ar-condicionado. “Com as altas temperaturas, o paulistano foi às compras para se vestir adequadamente para a estação”, afirma a nota. “As liquidações também contribuíram para esse cenário.”
Já o crescimento de 2,5% do Indicador de Movimento do Comércio a Prazo (IMC) foi puxado por dois fatores, na avaliação da ACSP: a oferta de financiamentos por bancos públicos e também o aumento da compra de ventiladores e aparelhos de ar-condicionado.
O Balanço de Vendas da ACSP, montado a partir de dados fornecidos pela Boa Vista Serviços – administradora do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) -, mostrou ainda que o consumidor vem conseguindo colocar suas contas em dia. O Indicador de Registro de Inadimplentes (IRI) analisa os carnês em atraso e registrou pequena expansão ante janeiro do ano passado: 1,6%. Já o Indicador de Recuperação de Crédito (IRC) indicou elevação de 2,3% no total de registros cancelados ou negociados.
“A inadimplência segue baixa e os dados de janeiro sugerem que deve continuar em queda”, avaliou o presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Rogério Amato. “O ano de 2014 começa com boas notícias para o comércio em São Paulo, com aumento de vendas – puxado pelas altas temperaturas – e sinalização de queda da inadimplência.”