Pesquisa divulgada hoje pelo Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) mostra que 68% dos consumidores inadimplentes pretendem cortar gastos para poder pagar dívidas. O levantamento, feito com 830 pessoas nos balcões do SCPC, mostra que a maior parte (29%) tem dívidas entre R$ 501 e R$ 1 mil, 19% entre R$ 301 e R$ 500 e 12% de até R$ 300.

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Entre as dívidas de maior valor, 15% são débitos acima de R$ 3 mil, 15% entre R$ 1.001 e R$ 1,5 mil e 10% entre R$ 1.501 e R$ 3 mil. De acordo com a superintendente de Produtos e Serviços do SCPC, Roseli Garcia, os débitos mais elevados estão relacionados ao financiamento de veículos e imóveis.

A maioria (59%) tem condições, após uma renegociação, de assumir uma prestação de até R$ 100, 24% entre R$ 101 e R$ 200 e 12% entre R$ 201 e R$ 400. Do total, 55% responderam que pretendem quitar seus débitos em atraso nos próximos 30 dias e 34% responderam que não o farão nesse prazo.

O maior credor dos consultados é o comércio, apontado por 45% dos entrevistados, seguido por bancos (22%) e financeiras (18%). A maioria (65%) não procurou as empresas para renegociar a dívida, e a maior parte desses (67%) não o fez por falta de recursos. Dos 35% que procuraram, 57% não conseguiram renegociação.

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Do total de consumidores, 39% devem para uma empresa, 26% para duas, 17% para três, 8% para quatro e 10% para mais de quatro empresas. A maioria dos inadimplentes usou carnês (39%) e cartões de crédito (20%), 16% cheque, 14% cartões de loja e 11% empréstimos. Apenas 9% dos inadimplentes apontaram o crédito consignado. “No caso de carnês ou empréstimos bancários, 40% dos consumidores estão inadimplentes em três ou mais documentos do tipo. Quanto aos cheques, 72% dos clientes estão com até dez folhas em atraso”, explicou Roseli Garcia, em nota.

O perfil do inadimplente traçado pela pesquisa descreve a maioria como homem (55%), desempregado (38%), do setor de comércio (42%), com idade entre 31 e 40 anos (38%) e renda entre R$ 1.201 e R$ 1.530 (37%).

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O levantamento mostra que 58% dos entrevistados não pretendem fazer compras a prazo nos próximos meses. Dos 29% que responderam de forma afirmativa, a maioria (29%) pretende adquirir um carro, seguido por eletrodomésticos (16%). Em relação ao ano passado, 41% responderam que estão em situação financeira melhor neste ano e 40% disseram que ela está igual.