As vendas do comércio continuaram exibindo crescimento forte no mês passado, porém não mais em ritmo chinês – isto é, na casa de dois dígitos. Em julho, a média de consultas para vendas a prazo e à vista encerrou o mês com alta de 6,25% em relação a igual período de 2009, segundo a Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Esse indicador havia fechado maio com crescimento anual de 11,2% e, em junho, tinha desacelerado para 7,4%.
“A base de comparação (o segundo semestre de 2009) está ficando mais forte e acabou a antecipação de compras de televisores e eletrodomésticos da linha branca por causa da Copa do Mundo e da redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados)”, afirma o economista da entidade, Emílio Alfieri.
De toda forma, não se trata de queda nas vendas, mas redução no ritmo de atividade do varejo, que continua elevado, impulsionado pelas liquidações de artigos de vestuário, pelo forte apelo do crediário com prazos a perder de vista e juros reduzidos e, sobretudo, pelo crescimento da massa salarial.
Levando-se em conta apenas o número de consultas para vendas financiadas, houve um crescimento de 7,6% em julho em relação ao mesmo mês de 2009 e aumento de 6,8% na comparação com junho. Descontadas as influências sazonais, o resultado de julho é 1,7% menor que o de junho. No caso das consultas para venda à vista, houve em julho crescimento de 4,9% na comparação com igual período do ano passado e alta de 5,9% ante junho. Ao contrário do que ocorreu com as vendas financiadas, houve crescimento efetivo de 1,1% nas vendas de julho em relação às de maio, descontadas as influências sazonais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.