Brasília (ABr) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Nigéria, Olusegun Obasanjo, assinaram ontem, durante o desfile de 7 de Setembro, na Esplanada dos Ministérios, acordo com o objetivo de proporcionar um aumento de US$ 500 milhões nas exportações do Brasil para o país africano. Segundo o ministro do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, as exportações serão em segmentos escolhidos pelo governo da Nigéria.

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?Nessas exportações estão incluídos aviões, ônibus, material de construção, produtos agrícolas, etanol e frutas tropicais. Foram criados grupos de trabalho, com a participação de diversos setores do governo e em sessenta dias nós vamos apresentar as prioridades e os primeiros resultados?, explicou Furlan, logo após o desfile.

No setor de petróleo, o ministro Furlan, disse que o acordo assinado entre Brasil e Nigéria vai permitir que os dois governos a partir de agora façam negócios diretamente. ?Hoje os negócios são feitos através de intermediários. O Brasil compra petróleo com intermediação e vende gasolina e etanol com intermediação. O combinado é que Petrobrás e NPC (empresa nigeriana), farão negócios diretamente, o que significa melhores condições para os dois lados?, relatou o ministro.

Furlan afirmou ainda que consta do acordo assinado negociação da dívida da Nigéria com o Brasil. Segundo ele, a dívida original é de US$ 36 milhões. Corrigida, ela atinge hoje US$ 150 milhões. ?O acordo prevê que a Nigéria reconheça a dívida e o governo nigeriano já deu sinal verde?, ressaltou Furlan.

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Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, em 2004 o Brasil exportou US$ 505 milhões para a Nigéria e importou US$ 3,49 bilhões (130% a mais que em 2003). Desse total, 97% foram em óleos brutos de petróleo. Neste ano, a previsão é que o déficit chegue a cerca de US$ 4 bilhões. É o maior déficit comercial do Brasil com um único país.