O acordo para a extensão dos cortes de petróleo selado na semana passada pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) pode ser alterado para incluir novos países, afirmou hoje o secretário-geral da entidade, Mohammed Barkindo.
Estamos revisando continuamente os fundamentos de mercado e não podemos descartar nesse momento nenhum tipo de decisão”, afirmou o dirigente à rede de televisão CNBC.
Barkindo admitiu que os preços têm apresentado grande volatilidade recentemente, mas reitero que, além da meta de trazer de volta os estoques mundiais para próximo da média mundial em cinco anos, a intenção do acordo é tornar mais estáveis os preços.
Investidores têm se tornado crescentemente céticos quanto à efetividade dos cortes da Opep no reequilíbrio da oferta e demanda global. Além do crescimento da produção em nações de fora do acordo, como os Estados Unidos, preocupa também a alta da extração em países membros que foram isentos, como Líbia e Nigéria.
Separadamente, Barkindo também afirmou que a cooperação atual entre o cartel e a Rússia deve continuar após o fim do acordo vigente. “Acreditamos que essa cooperação é do interesse tanto dos consumidores como dos produtores”, afirmou. “Não acreditamos em divórcio neste casamento”, acrescentou. (Marcelo Osakabe, com informações da Dow Jones Newswires)