Acordo congela preços de remédios

A equipe de transição e representantes do governo atual e da indústria farmacêutica fecharam um acordo que congela os preços dos remédios até março, quando será feita então uma avaliação para verificar a necessidade de algum realinhamento nos preços. O acordo poderá ser prorrogado por mais três meses. Com isso, o futuro governo ganha tempo para evitar uma disparada nos preços dos medicamentos logo no início de 2003, quando não estaria mais valendo a política de monitoramento estabelecida no atual governo.

A divulgação do novo acordo de cavalheiros será feita pela equipe de transição antes do dia 31, quando acaba o atual entendimento firmado entre a indústria e o governo de Fernando Henrique Cardoso.

Resolver a questão dos medicamentos estava entre as prioridades da futura equipe econômica. Assim como no acordo deste ano, durante a vigência do novo entendimento não está descartada a autorização de algum ajuste eventual, em produtos que tenham seus custos afetados por situações extraordinárias, como escassez de matéria prima no mercado.

O último reaju ste, em novembro, foi de cerca de 8%. As indústrias, no entanto, alegam que a correção foi corroída pela alta do dólar. Por isso, queriam um novo aumento, entre 8,5% e 9%, já no início de janeiro.

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