O ceticismo dos investidores em relação ao futuro da petroleira de Eike Batista, a OGX, cresce a cada dia. Na sexta-feira (5), as ações da companhia atingiram novo piso histórico, cotadas a R$ 1,71, um tombo de 13,64% na Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa). Apenas nesta semana, o recuo chegou a 25,97%. No ano, a queda já ultrapassa os 60%.

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A preocupação dos investidores se traduziu em uma maior volatilidade dos papéis. O movimento foi tão forte que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) chegou a questionar a empresa. Em comunicado, a petroleira admitiu que mantém permanente contato com investidores em busca de oportunidade de negócios. Mas negou a existência de qualquer negócio “consumado que deva ser comunicado ao mercado”.

Atualmente, o grande temor dos investidores é que a petroleira anuncie uma nova queda de produção em março e o desligamento do seu terceiro poço no Campo de Tubarão Azul, na Bacia de Campos. A atual crise de credibilidade que envolve as empresas do grupo X foi motivada pela divulgação, em junho do ano passado, de estimativas de produção bem abaixo das expectativas do mercado financeiro.

A situação piorou esta semana com o rebaixamento, pela Standard & Poor’s, da classificação de risco da companhia. Já a Fitch deu um voto de confiança para a empresa. Segundo a analista Ana Paula Ares, da Fitch, a OGX não enfrenta um choque de liquidez, apesar da queda livre das ações.

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“A evolução dos volumes de produção neste ano e no próximo vai determinar a situação de longo prazo da empresa”, comentou Ana Paula. Segundo ela, a Fitch não antecipa nenhuma mudança no rating da companhia no momento, mas, não hesitaria em agir se algum novo evento exigir alterações.

Para a analista, a OGX não está no meio de um evento catastrófico. “Um rating B não é a nota de uma empresa perto do default (calote). A OGX não tem nenhum vencimento de dívida agora, então isso dá à empresa certo espaço para manobrar e aumentar a produção de petróleo”, explica. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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