Acionistas festejam os bons resultados da Copel

“A comemoração dos 50 anos da Copel na Bolsa de Valores de Nova York terá o especial significado de marcar perante a comunidade financeira internacional o aniversário de uma empresa que, graças às medidas saneadoras e moralizadoras tomadas pelo governador Roberto Requião, está conseguindo se reequilibrar e recuperar sua saúde financeira, preservando e defendendo os interesses de investidores e acionistas do mundo todo”, afirmou Ronald Ravedutti, diretor de Finanças e de Relações com Investidores da companhia.

O presidente da companhia, Paulo Pimentel, terá a oportunidade de abrir o pregão da Bolsa de Valores de Nova York, em Wall Street, no dia 22 de novembro, uma segunda-feira, acionando o sino que, há décadas, é usado para marcar oficialmente a abertura dos negócios na casa. Essa cerimônia é conhecida como The Opening Bell, que os americanos consagraram como a maneira peculiar e original da Bolsa de Nova York e do sistema financeiro norte-americano manifestarem reconhecimento a pessoas, empresas ou instituições.

Juntamente com a cerimônia do início do pregão, será feita uma exposição sobre a Copel. Esta apresentação está despertando interesse de investidores americanos, que querem saber detalhes do processo de recuperação da empresa, que saiu de um prejuízo, em 2002, de R$ 320 milhões, para um lucro líquido de R$ 171,1 milhões em 2003 e R$ 172,8 milhões no primeiro semestre deste ano. “Esses resultados são fruto de uma austera política de recuperação da empresa implantada pelo governador logo no início da sua gestão”, disse Ravedutti.

Desde o primeiro dia do mandato do governador Roberto Requião, a unificação da Copel foi definida como um desafio que a nova gestão deveria empreender. Com essa decisão, interrompeu-se o processo de desverticalização que há oito anos vinha sendo articulado, desmembrando uma história de 42 anos.

Seguindo a determinação de Requião, contratos foram cancelados ou renegociados, como o de compra de energia da Cien. O governador cancelou os pagamentos à empresa argentina e conseguiu, após meses de negociação, eliminar a cláusula “take or pay”, que existia no contrato original, assinado com o governo anterior, e a indexação em dólar. O valor do contrato foi reduzido de R$ 750 milhões para R$ 312 milhões por ano e o prazo de vigência foi reduzido de 20 anos para sete anos. Essa redução nos valores e no prazo do contrato representaram uma economia de cerca de R$ 10 bilhões ao governo do Paraná.

Já com a El Paso, parceira da Copel na Termelétrica de Araucária, o contrato foi rompido, já que a companhia recebeu da empresa americana uma obra inacabada. A usina jamais entrou em operação por conta de severos problemas técnicos e de construção, apesar de a Copel ter investido US$ 105 milhões na construção.

“Essas medidas foram fundamentais para recolocar a Copel nos trilhos. Se o governador não tomasse essas providências, a companhia já não teria pago os salários de seus funcionários em março de 2003 e em outubro daquele ano estaria falida”, disse Ravedutti. “A Copel estava em rota de risco por conta da equivocada administração anterior e ninguém falava nada antes de o governador assumir”, completou.

Reconhecimento

Para o diretor da Copel, a homenagem da Bolsa de Valores de Nova York à companhia pode ser entendida como o reconhecimento de investidores aos êxitos acumulados pela empresa nesse período de governo Requião. “Esse sim é o risco Requião. Uma empresa bem administrada, lucrativa e referência no mundo todo. A maior parte dos acionistas e investidores americanos reconhecem a excelência da Copel, enquanto setores da mídia e alguns analistas econômicos brasileiros se limitam a criticar e fazer o jogo da especulação.”

O diretor da Copel repudiou, ainda, as distorções e notícias equivocadas, publicadas na imprensa nacional, e até mesmo mundial, sobre o papel do governador Roberto Requião na defesa da companhia. “Editoriais pesados foram escritos contra o governador e sua postura de defesa dos interesses de milhões de paranaenses em reconduzir a Copel ao seu papel de destaque na economia paranaense.” Ele observou que “pouco se fala do fato de o Paraná praticar, via Copel, a menor tarifa de energia do País e com isso ter atraído quase 4 mil novas indústrias em 18 meses de administração Requião, e de que a inadimplência da empresa é uma das menores do setor elétrico, conseqüência da política de descontos na conta de luz”.

Ravedutti lembrou ainda que a Copel tem cerca de 15 mil acionistas no exterior e que a companhia renegociou com sucesso o contrato de compra de energia da Usina de Itiquira, localizada em Rondonópolis, Mato Grosso, e que é propriedade da Tosli Acquisitions, empresa controlada pela norte-americana NRG Energy. “Este era mais um contrato oneroso para a Copel, herdado da gestão anterior. Com o novo acordo, os investidores americanos perceberam definitivamente que a companhia é sólida e que o governo do Paraná é um parceiro confiável, que sempre buscou o diálogo para a superação de divergências, hon-rando a tradição democrática de quase meio século da nossa empresa.”

Essa segurança foi confirmada ano passado pela PriceWaterhouse, em parceria com o conceituado jornal econômico Financial Times, que apontou a Copel como a empresa de serviços de utilidade pública mais respeitada no Brasil e a terceira em todo o mundo. De acordo com a pesquisa, a companhia paranaense pode ser considerada a melhor empresa do continente americano, já que fica atrás, apenas, de duas companhias européias – EDF, da França, e RWE, da Alemanha.

“Essa pesquisa é realizada há seis anos e esta é a primeira vez que a Copel aparece na lista, e já numa posição de liderança e num estudo que é muito valorizado no mundo dos negócios”, lembrou Ravedutti. Os resultados da pesquisa têm base em mais de mil entrevistas feitas com presidentes e altos dirigentes de corporações empresariais em 20 países.

“As pessoas que manifestaram sua admiração e seu respeito pela Copel são os dirigentes das maiores empresas do mundo, homens que construíram ou que administram patrimônios de bilhões de dólares e empregam milhões de pessoas nos cinco continentes”, salienta Ravedutti. “Como são personalidades influentes no mercado, não precisam demonstrar respeito ou admiração por nenhuma empresa com o intuito de angariar simpatias.” Na conclusão do diretor da estatal, “se eles manifestaram ter respeito pela Copel, é porque há razões bastante fundamentadas para tanto”.

Recentemente, a estatal já havia sido apontada por analistas e profissionais de finanças de diversos países como a empresa brasileira de capital aberto e de média capitalização com a melhor equipe de Relações com Investidores. A pesquisa é da IR Magazine, uma publicação internacional com foco editorial no relacionamento de companhias abertas do mundo todo com os investidores, e que há 13 anos faz esse tipo de avaliação.

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