Os congestionamentos registrados nas primeiras horas da manhã desta terça-feira, 18, nas rodovias Anchieta e Cônego Domênico Rangoni, em consequência do início da safra de grãos, provocaram transtornos para boa parte da população da Baixada Santista. Além dos 8 km de filas observados na antiga Piaçaguera-Guarujá, por conta do excesso de caminhões que se dirigiam aos terminais marítimos localizados na margem esquerda do porto, havia lentidão na entrada de Santos, altura do bairro da Alemoa, travando a Via Anchieta, na subida para a capital paulista.
Nem as ambulâncias tiveram condições de subir a serra, com o tráfego inteiramente parado. Vans que levavam pacientes para atendimento na capital também enfrentaram problemas.
Até a Avenida Nossa Senhora de Fátima, que liga São Vicente a Santos, parou. Muitos motoristas que pretendiam subir a serra resolveram acessar aquela avenida, a fim de pegar a Rodovia dos Imigrantes pelo acesso de São Vicente. As reclamações foram inúmeras por parte dos motoristas, uma vez que as autoridades portuárias prometeram rever a estratégia adotada no ano passado para evitar a repetição dos congestionamentos.
Dezenas de reuniões e simpósios foram realizados para que as empresas transportadoras respeitassem o agendamento das cargas, antes de determinar a vinda dos caminhões para a Baixada Santista, mas parece que o esforço foi em vão. O pico da safra de grãos ocorre entre os meses de junho a agosto e, já em fevereiro, os transtornos começam a ser observados.
A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), que administra o Porto de Santos, prometeu se pronunciar no decorrer desta terça-feira.