A presidente Dilma Rousseff destacou nesta quarta-feira, 05 que, na safra de 2012, os resultados foram bons porque os produtores tiveram acesso aos recursos, da ordem de R$ 3,6 bilhões. “Nesse próximo plano safra, vamos colocar R$ 4,5 bilhões, com prazo de 8 a 15 anos, com taxa de juros negativa”, disse, durante reunião do Fórum Brasileiro sobre Mudanças Climáticas, no Palácio do Planalto.
Dilma afirmou que o desafio para a indústria, a agricultura e setor de energia é entrar a “passos largos numa proposta de economia de baixo carbono”. “O Brasil vai demonstrar que somos capazes de liderar um processo de economia de baixo carbono. Temos um grande acúmulo de experiências e vitórias”, destacou a presidente.
Ela afirmou ainda que o País tem instrumentos para equilíbrio da produção agropecuária e proteção ambiental. Segundo a presidente, uma retrospectiva de 2012 mostra coisas importantes. “O Brasil foi bem sucedido quando sediou a Rio+20. Com a elaboração do documento ‘O futuro que queremos’, entre 13 e 15 queremos avançar. No Brasil, as responsabilidades sempre são maiores. Em Copenhagen, fomos um dos poucos países que assumiu 36% de redução de emissão de gases do efeito estufa. Há um acúmulo de emissão dos países desenvolvidos. Isso não significa que não vamos contribuir com o avanço da redução das emissões”, destacou.
Dilma destacou que no novo código florestal será possível provar que o País tem capacidade de equilíbrio entre produção agrícola e preservação. “Sem definição e regularização das propriedades rurais, seremos só um país que pune e fiscaliza. Poucos países do mundo têm um código avançado como o nosso. É possível produzir, proteger e conservar.”
A presidente afirmou que se orgulha do plano de ação e controle de desmatamento no bioma da Amazônia, destacando que, no ano passado, tivemos a menor taxa de desmatamento. “É uma das questões que queremos incorporar como tradição da nossa ação ambiental. Conseguimos institucionalizar o controle do desmatamento”, afirmou.
Segundo Dilma, o equilíbrio entre crescimento e proteção ambiental é estratégico para o País. “Aumenta a produtividade agrícola. Aumenta a capacidade de produzir mais com menos área, resgatar áreas que sofreram desmatamento. Nós que batemos recorde na produção de alimento, podemos nos consolidar como grandes produtores e também consolidar a produção industrial se tivermos compromisso com a economia de baixo carbono. Ela também tem capacidade de gerar empregos”, disse.