Os ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) retomam na próxima semana o julgamento de uma ação que questiona a forma como a Eletrobrás fez a remuneração de créditos obtidos por empresas que tiveram de pagar empréstimos compulsórios à estatal até o início da década de 1990. A questão tem criado controvérsia em relação aos valores que poderão ser cobrados da estatal caso saia derrotada do Tribunal.

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De acordo com cálculos feitos pelo governo, uma derrota poderia custar, no extremo, cerca de R$ 60 bilhões aos cofres públicos. A Eletrobrás, entretanto, tem apenas R$ 1,3 bilhão provisionado em seu balanço para o pagamento de “eventuais perdas”. Técnicos da estatal ponderam que essa despesa poderia chegar, no máximo, a R$ 3 bilhões.

Na quarta-feira, a primeira seção do STJ julgará ação movida pela empresa Máquinas Condor S.A., do Rio Grande do Sul, que questiona a remuneração aplicada pela Eletrobrás nos créditos que foram, posteriormente, convertidos em ações da própria estatal. A União tem especial interesse no caso porque o STJ resolveu aplicar um mecanismo conhecido como recurso repetitivo, o que implica que a decisão tomada deverá ser observada por outros tribunais no País em ações semelhantes.

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