Foto: Valquir Aureliano/Tribuna |
Ociosidade ainda é alta. continua após a publicidade |
A taxa de desemprego de abril ficou em 10,4%, idêntica à de março, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Não houve alteração no número de ocupados e desempregados. Na quantidade de pessoas com carteira de trabalho assinada no setor privado houve expansão de 5,2% em abril sobre abril de 2005. A renda média real recebida pelos trabalhadores foi de R$ 1.012,50 no mês passado, com alta de 0,4% em relação a março e de 4,7% sobre abril de 2005.
O IBGE tinha a expectativa de que este ano o desemprego começaria a cair já em abril. ?Foi uma expectativa revestida de otimismo?, disse o coordenador da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), Cimar Azeredo. ?O desemprego nunca caiu em abril, mas a estabilidade com aumento da qualidade do emprego já traz ganhos?, disse. ?Este é o melhor abril desde o início da série da PME?, afirmou Azeredo, considerando não apenas os dados do desemprego, mas também os demais indicadores, como o rendimento e o crescimento dos trabalhadores com carteira assinada. A série teve início em 2002.
A expectativa do IBGE é de que a taxa de desemprego comece a cair este ano em maio, disse o coordenador da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), Cimar Azeredo. Ele se baseia no fato de a taxa ter caído em maio nos dois últimos anos e no aumento da qualidade do emprego revelada pela pesquisa de abril, tanto pelo aumento do emprego com carteira assinada (0,9% sobre março e 5,2% ante abril de 2005) quanto pelo aumento do rendimento médio do trabalhador (0,4% em relação ao mês anterior e 4,7%).
Renda
O aumento da renda média real do trabalho em abril em relação ao mesmo mês de 2005, de 4,7%, foi o décimo consecutivo nessa comparação com o mesmo período. O crescimento, porém, foi insuficiente para fazer com que o rendimento médio real do trabalhador no governo de Luiz Inácio Lula da Silva chegasse ao que era no último ano do governo de Fernando Henrique Cardoso. No mês passado, essa renda ficou em R$ 1.012,50, a maior do governo Lula, mas menor que as registradas pelo IBGE nos dez meses que vão de março de 2002, quando a série atual da PME foi iniciada, até dezembro daquele ano, último mês do governo do tucano.
Em abril de 2002, a renda média real do trabalhador foi de R$ 1.077,02 e em dezembro daquele ano, último mês do governo anterior, ficou em R$ 1.065,15, segundo a série do IBGE, que é deflacionada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).