Abras prevê melhor Natal desde 2001

São Paulo (AE) – O desempenho dos supermercados em setembro, quando as vendas cresceram 6,68% em termos reais sobre setembro de 2003, está levando o setor a esperar um resultado melhor para 2004 do que foi previsto no início do ano. Até o mês passado, a expectativa era de um aumento real do faturamento de 2% no fechamento do ano, frente a 2003. Agora a estimativa é de um avanço de 3%.

Segundo o presidente da Associação Brasileira dos Supermercados (Abras), João Carlos de Oliveira, a revisão dos números se baseou na tendência de crescimento das vendas, verificada nos últimos meses, o que está levando o setor a projetar um Natal com faturamento de 10% a 15% superior ao de 2003, quando o recuo frente ao ano anterior ficou na casa dos 8%. “Será, certamente, o melhor Natal dos últimos três anos”, afirmou.

O otimismo com relação às vendas é quase geral entre as empresas do setor. Um levantamento feito pela entidade com 50 supermercados – que juntos respondem por 20% das vendas nacionais – mostrou que 73,5% aumentaram suas encomendas para o final de ano em relação ao ano passado, ao mesmo tempo em que apenas 24,5% mantiveram os volumes e apenas 2% reduziram os pedidos.

Com relação às aves, por exemplo, 67% dos entrevistados vão elevar as compras de chester, 54% comprarão mais peru e 65% vão adquirir mais frango congelado. Além disso, 55% pretendem pedir mais vinhos nacionais; 55% farão mais encomendas de frutas secas nacionais e 71 % querem aumentar as compras de panetones.

Segundo Oliveira, os preços da maior parte dos produtos estarão nos mesmos níveis do ano passado, o que também deve incentivar o consumo. Ele espera até um ligeiro recuo dos preços dos importados, em razão da estabilidade do dólar, o que deve aumentar a presença desses produtos nas prateleiras. A pesquisa indicou que 44% dos supermercados pretendem elevar em 15% a compra de itens importados. O setor deverá contratar entre 20 e 25 mil funcionários temporários para a data.

No acumulado do ano, os supermercados registraram uma perda de 4,5%. “A projeção é positiva, mas não repõe a perda do ano passado”, afirmou Oliveira. O faturamento global do setor deve somar R$ 90 bilhões em 2004.

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