O presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), Luiz França, celebrou a queda da liminar que vetava a prática do direito de protocolo em São Paulo desde fevereiro, travando o lançamento de novos projetos.

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“Saímos de uma situação de caos para a volta à normalidade”, comentou nesta quarta-feira, 16, em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado. O líder empresarial destacou ainda a retomada da segurança jurídica, que vinha espantando investidores do setor. “Os investidores, especialmente aqueles das companhias de capital aberto, estavam tremendamente preocupados. Agora, estarão mais seguros”, avaliou.

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Segundo França, os lançamentos tomarão agora seu ritmo normal, dependendo apenas da capacidade operacional de cada incorporadora e da avaliação sobre o ambiente econômico. Apesar dos gargalos neste começo do ano, o executivo reiterou sua expectativa de crescimento do mercado imobiliário paulistano em 2018.

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Por conta da liminar, 65 empreendimentos deixaram de ser lançados na capital paulista. Esses projetos correspondem a 15,8 mil apartamentos, ou R$ 7,7 bilhões em valor geral de vendas (VGV), além de R$ 528 milhões em impostos e 55,8 mil empregos envolvidos nas obras e serviços.

Os dados fazem parte do estudo mais recente realizado pela Abrainc em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). “O impacto foi absurdo”, salientou França.

O levantamento apurou também que outros 22 empreendimentos que já haviam sido lançados não poderiam receber o Habite-se enquanto a liminar estivesse vigente. Esses projetos somam 5,2 mil apartamentos, ou R$ 2,0 bilhões em valor geral de vendas (VGV) e R$ 174 milhões em impostos.