O déficit da balança comercial de produtos químicos atingiu US$ 8,8 bilhões nos quatro primeiros meses deste ano, o que representa um recuo de 8% em relação ao mesmo período de 2013, segundo informou a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim).
De janeiro a abril de 2014, o Brasil importou US$ 13,3 bilhões e exportou US$ 4,4 bilhões em produtos químicos. Na comparação com o mesmo período do ano passado, as importações diminuíram 7,0%, enquanto as exportações recuaram 4,8%. No acumulado dos últimos 12 meses (maio de 2013 a abril de 2014), o déficit é de US$ 31,2 bilhões.
Ainda conforme o comunicado da Abiquim, o item resinas termoplásticas foi o mais exportado pelo País, com vendas de US$ 636,2 milhões entre janeiro e abril deste ano. Já os intermediários para fertilizantes permanecem como o principal grupo da pauta de importação brasileira de produtos químicos, com compras de US$ 1,7 bilhão no acumulado do ano.
O presidente-executivo da Abiquim, Fernando Figueiredo, diz, na nota, que a manutenção dos fertilizantes na Lista Brasileira de Exceções à Tarifa Externa Comum do Mercosul (LETEC), com imposto de importação reduzido a 0%, represa investimentos de mais de US$ 13 bilhões e aumenta a dependência externa do agronegócio brasileiro por insumos que podem ser produzidos no País. “O setor de fertilizantes necessita urgentemente de uma política pública clara e eficaz de fomento à produção nacional. A estipulação de prazos para retirada desses produtos da LETEC se faz indispensável”, afirma.
A entidade destaca também que, de janeiro a abril, os produtos químicos responderam por 17,7% do total de US$ 74,9 bilhões em importações e 6,4% dos US$ 69,3 bilhões em exportações realizadas pelo País. As importações de produtos químicos movimentaram 10,9 milhões de toneladas e o volume das exportações chegou a 4,6 milhões de toneladas.