A indústria química brasileira encerrou o primeiro trimestre do ano com déficit comercial US$ 6,7 bilhões, mostrando expansão de 17,6% em relação ao saldo negativo do mesmo período de 2012. Conforme dados divulgados nesta quarta-feira, 16, pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), de janeiro a março, as importações somaram US$ 10,2 bilhões, com avanço de 8,6%, e as exportações totalizaram US$ 3,5 bilhões, com retração de 5,4%.
Conforme o balanço, no acumulado dos últimos 12 meses (abril de 2012 a março de 2013), o déficit é superior a US$ 29,1 bilhões, o que representa o pior resultado já registrado na balança comercial do setor.
“A retomada dos investimentos e a consequente expansão da produção do setor químico, visando à inversão da tendência do aumento do déficit comercial, estão diretamente ligadas à implementação das medidas contidas na Agenda Estratégica Setorial da Indústria Química”, destaca em nota a diretora de Assuntos de Comércio Exterior da Abiquim, Denise Naranjo.
Os intermediários para fertilizantes permanecem como o principal item da pauta de importação brasileira de produtos químicos, com compras de US$ 1,7 bilhão no primeiro trimestre deste ano. O item resinas termoplásticas foi o mais exportado pelo País, com vendas de US$ 465,2 milhões no mesmo período. Na comparação com o primeiro trimestre de 2012, contudo, as vendas externas de resinas termoplásticas tiveram queda de 18,5% em valor e de 25,4% em volume.