Brasília
– Com um discurso que contraria as principais teses dos partidos de oposição, a professora Izinete Bento Brasil tomou posse ontem na presidência da Associação Brasileira de Institutos de Previdência Estaduais e Municipais (Abipem). Ela defendeu, como prioritário para o próximo governo, a contribuição dos inativos e diversas mudanças constitucionais para impedir que o reajuste dos servidores ativos passe para as aposentadorias e pensões e que o servidor público sempre consiga o benefício pelo último salário.Sem essas mudanças, Izinete afirmou que a União, os Estados e os municípios continuarão sem recursos para aplicar em obras prioritárias para a população, como por exemplo habitação e saneamento básico, não tendo condições também de arcar com as despesas de saúde e educação.
“Não acho justo que a população pague pela aposentadoria do servidor público e é isso o que vem acontecendo pois, na maioria dos casos, o dinheiro sai direto do caixa dos tesouros”, argumentou.
Moralidade
A Abipem, de acordo com Izinete, defende para os servidores públicos um sistema contributivo, de tal forma que ele só leve de aposentadoria o que conseguiu poupar durante a vida ativa. “Queremos a moralidade do sistema previdenciário público”, disse.
Segundo ela, o equilíbrio das contas públicas só será obtido quando o gasto com o pagamento das aposentadorias e pensões corresponder à contribuição de cada um, acrescida da contribuição do empregador.
Ela explicou que defende a contribuição dos inativos porque a maioria dos atuais servidores públicos aposentados pouco ou nada contribuiu para o seu próprio benefício.