O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Luiz Aubert Neto, elogiou hoje a escolha de Alexandre Tombini para a presidência do Banco Central (BC) no governo da presidente eleita, Dilma Rousseff. “Finalmente, tiraram a raposa do galinheiro”, disse ele, em referência ao atual presidente do BC, Henrique Meirelles, que veio do mercado financeiro para o governo Lula.
“Tiraram o banqueiro e, finalmente, vamos ter um funcionário de carreira no comando do BC”, acrescentou. Aubert disse que não questionava a competência de Meirelles, mas ponderou que o País continuou a ter uma das taxas de juros mais altas do mundo ao longo dos oito anos da gestão de Meirelles e do presidente Lula.
“Com a taxa de juros atual, pagamos R$ 180 bilhões somente em juros da dívida por ano. Se tivéssemos juros 30% menores nos últimos 16 anos, teríamos economizado quase R$ 1 trilhão”, afirmou, sem informar os parâmetros do cálculo. Ele considerou também que havia conflito de interesses na gestão do BC na época do ex-presidente da instituição Armínio Fraga (gestão de FHC) que, segundo Aubert, trabalhou para George Soros, “o maior especulador do mundo”. “Vocês acham que eles (Fraga e Meirelles) iriam trabalhar para baixar os juros?”, questionou.
Aubert também elogiou a permanência de Guido Mantega à frente do Ministério da Fazenda. “Acho que Dilma acertou em cheio ao mantê-lo. Está mais do que provado que a mão forte de Mantega foi fundamental na recuperação do País após a crise econômica internacional”, afirmou o empresário.