Abimaq prevê ?crescimento zero? este ano

O presidente da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), Newton de Mello, revisou para baixo as previsões de crescimento para 2005. A entidade estima que o faturamento do setor em 2005 empate com o resultado do ano passado. Ou seja, o setor terá crescimento zero nas vendas. ?Começamos o ano prevendo crescer até 15%. Agora, acreditamos que vamos empatar com o resultado de 2004, da ordem de R$ 45 bilhões?, disse Mello.

Essa revisão – diz ele – é conseqüência da desaceleração registrada nas vendas do setor. Para Mello, esse recuo foi motivado pela combinação de altas taxas de juros e com depreciação do dólar – que reduzem a competitividade do setor.

?Como empresários do setor, temos obrigação de fazer um prognóstico do futuro. Embora os indicadores da Abimaq ainda estejam positivos, na grande média, os números do primeiro semestre já começam a mostrar decréscimos em vários segmentos, que antes estavam restritos a máquinas e implementos agrícolas.?

Com relação às exportações, Newton de Mello disse que apesar dos esforços dos fabricantes de máquinas, a tendência também é de redução. ?Os resultados estão positivos, porque refletem o faturamento de pedidos fechados meses e até anos atrás. As empresas do setor já estão perdendo espaços duramente conquistados no mercado internacional em face da desvalorização do dólar frente à moeda brasileira.?

Exportações

A Abimaq e a Apex-Brasil (Agência de Promoção de Exportações e Investimentos) assinou hoje um convênio que vai liberar US$ 2,5 milhões para atividades que consolidem a presença brasileira nos mercados internacionais.

Segundo a Abimaq, a meta do novo projeto é aumentar em 15% as exportações de máquinas agrícolas, de embalagens e para indústria gráfica, e máquinas destinadas ao setor de petróleo e gás, entre outros segmentos, que passariam de US$ 74,4 milhões em 2004 para US$ 85,56 milhões no final de 2005.

As exportações totais do setor de máquinas e equipamentos vêm crescendo nos últimos anos, atingido US$ 6,84 bilhões em 2004, contra US$ 4,94 bilhões em 2003. 

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