O ritmo de produção da indústria brasileira de cloro e soda cáustica ficou em “marcha lenta” no primeiro semestre, de acordo com análise da Associação Brasileira da Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados (Abiclor). Foram produzidas 627,109 mil toneladas de cloro entre janeiro e junho, montante 0,3% inferior ao fabricado no mesmo período de 2012. Já a produção de soda cresceu 0,3% na mesma base comparativa e atingiu 693,342 mil toneladas.
Os números da produção foram pressionados pelo fraco ritmo de vendas no semestre. Segundo a Abiclor, as vendas de cloro encolheram 2,2% e atingiram 80,370 mil toneladas. O uso cativo de cloro, representado pela destinação do insumo para a produção de dicloroetano (DCE) e óxido de propeno, por exemplo, cresceu 0,5% e totalizou 549,216 mil toneladas entre janeiro e junho. O consumo setorial de cloro, somados os dois números, apresentou alta de 0,2%, para quase 630 mil toneladas.
Já as vendas totais de soda cáustica, usada na indústria petroquímica, por exemplo, apresentaram retração de 1,2%, para 589,344 mil toneladas. O resultado foi puxado, principalmente, pela queda de 27,5% das exportações, para 7,948 mil toneladas. As vendas internas encolheram 0,8% e somaram 581,396 mil toneladas.
As importações de soda também encolheram, 6,8% no semestre, e totalizaram 575,414 mil toneladas. Com isso, o indicador que mede o consumo aparente doméstico de soda cáustica encolheu 2,9%, para 1,260 milhão de toneladas. “As importações de soda caíram (…) pressionadas pela indústria de alumínio, que passa por uma crise internacional desencadeada pelo elevado crescimento da produção, especialmente na China. Se fossem excluídas as vendas para o setor de alumínio, as importações de soda cáustica teriam crescido 22,7% no primeiro semestre, para 151 mil toneladas”, destacou a Abiclor.
O consumo aparente de cloro, por outro lado, encolheu 0,3%, para 630,830 mil toneladas. O principal destino do insumo é a produção de PVC, largamente usado na indústria da construção civil. O levantamento divulgado nesta quarta-feira, 28, pela Abiclor mostra que a taxa de utilização da capacidade instalada ficou em 84,1% no semestre, queda de 0,3 ponto porcentual em relação aos seis primeiros meses de 2012.
“Estamos vivendo um momento difícil, em função das incertezas econômicas mundiais e nacional e da falta de políticas para a indústria química. A expectativa é de que o setor de cloro e soda registre crescimento moderado, em linha com o Produto Interno Bruto (PIB) esperado para 2013”, destacou em nota o presidente da Abiclor, Anibal do Vale.