Abertura dos EUA à carne do Brasil não é ingresso para TPP, diz Cividini

O Brasil terá na International Beef Alliance (IBA, na sigla em inglês) um fórum para discutir barreiras comerciais impostas à cadeia produtiva, mas a integração ao bloco não é ingresso para que o País participe de acordos como a Parceria Transpacífica (TPP) nos próximos anos, avalia o superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Olmir Cividini. Com exceção dos recém-chegados Brasil e Paraguai, todos os países da IBA integram a TPP.

Em entrevista ao Broadcast Agro, Cividini se diz otimista com a abertura do mercado norte-americano à carne brasileira, apesar de a medida enfrentar resistência de pecuaristas do País – que são parceiros da Acrimat na IBA.

Em relação à produção nacional, Cividini confirma que a entressafra de bois em Mato Grosso, Estado que possui o maior rebanho do País, ainda será severa este ano. O Estado deve fechar 2015 com uma queda de até 23% no volume de animais abatidos.

Questionado se o ingresso na IBA abre possibilidade para que pecuaristas brasileiros sejam incluídos na TPP no futuro, Cividini afirma que, de fato, a TPP, ocupou grande espaço nas discussões da assembleia da aliança deste ano. “Infelizmente o Brasil está fora desse acordo por uma série de situações, inclusive devido a regras internacionais que nem eu saberia dizer. Brasil e Paraguai estão de fora porque não têm ligação com o (oceano) Pacífico? Não, não é isso. Mas as relações com o Mercosul podem ser uma restrição para integrar o bloco. Sempre há expectativa para uma inclusão do Brasil no futuro, mas é preciso haver um posicionamento do governo. Não acredito que seja algo para curto, médio prazo. A TPP também ainda não começou. A parceria foi assinada, mas há uma série de passos a serem dados para que seja válida, mas acho improvável que haja um recuo neste processo”, avaliou.

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