A inadimplência no setor de cartões está totalmente controlada e deve se manter em patamares baixos nos próximos anos, ao redor de 7%, segundo o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), Marcelo Noronha. Ao final de junho, ficou em 6,7%, mesmo indicador visto em abril. Em junho de 2011, estava em 8%.

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“Não há qualquer indicativo de deterioração da inadimplência no setor de cartões. A inadimplência do segmento colou no indicador pessoa física e vem se mantendo neste patamar”, explicou o presidente da Abecs, em coletiva de imprensa, nesta terça-feira, 19.

Segundo ele, o indicador em junho, de 6,7%, é um dos menores já registrados pelo setor, apesar de ter subido este ano, uma vez que encerrou alguns meses em 6,3%. “É o menor patamar histórico. Não é por conta do descolamento, de 6,3% para 6,7%, que há qualquer indicativo de deterioração na inadimplência no setor de cartões”, reforçou Noronha.

O saldo da carteira de crédito dos cartões no Brasil, considerando os pagamentos à vista, parcelado com juros e sem juros e crédito rotativo, totalizou R$ 144 bilhões em junho. Do total, 71,3%, conforme a Abecs, são de operações sem juros, ou seja, sem custo para o consumidor. Em 2008, essa participação estava em 58,9%. O rotativo perde espaço a cada ano. Foi a 2,2% em junho último ante 3,2% em 2008.

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“O rotativo está sendo diluído no mercado brasileiro com o passar do tempo. Sozinho, ele é incapaz de endividar os brasileiros por uma questão matemática”, avaliou Noronha.