Abdib questiona “dose cavalar” do BC contra a inflação

O presidente da Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias de Base (Abdib), Paulo Godoy, afirmou nesta quinta-feira que é necessária uma reflexão sobre a "dose do remédio" que está sendo ministrada pelo Banco Central (BC) para conter a inflação. Segundo ele, a dose não pode ser "cavalar", e é preciso fazer "uma boa reflexão" sobre o comportamento da atividade econômica e sobre a política de juros.

"É preciso haver uma garantia de que o crescimento econômico não será sacrificado. É um balanço muito tênue do limite da manutenção da atividade econômica sem pressão inflacionária", afirmou Godoy, que foi recebido hoje pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Embora admita que a inflação seja o pior dano para uma economia, Godoy argumenta que "não podemos nos apavorar e adotar medidas tão restritivas e depois nos arrependermos de interromper o ciclo de crescimento econômico". Godoy lembrou que o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre mostrou que já houve uma desaceleração no consumo, o que diminui a pressão inflacionária atacada pela política de juros do BC.

Na última reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC elevou a taxa Selic em meio ponto porcentual, para 12,25% ao ano.

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