O presidente da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), Moacyr Duarte, informou que governo e empresas interessadas nos lotes de estradas que serão licitadas neste ano ainda discutem a questão da expectativa de aumento de demanda dos empreendimentos. O governo estima crescimento de 4% ao ano no tráfego de veículos, número que para os empresários ainda representa um patamar fora da realidade. De acordo com Duarte, um aumento de 3% ao ano é o mais propício para indicar o retrospecto dos últimos 12 anos.
Para Duarte, 4% ao ano é uma taxa “razoável”, mas não compatível com a realidade. “Uma estimativa ruim leva a uma tarifa teto baixa, o que inviabiliza o negócio para o investidor”, disse, após cerimônia no evento Brazil Road Summit 2013. Se a expectativa de aumento da demanda das rodovias for mais baixa do que a considerada atualmente pelo governo, a tarifa máxima de pedágio tem de ser elevada para remunerar a concessionária que vencer o leilão pelos investimentos que serão realizados na rodovia.
Além deste ponto, disse o presidente da ABCR, governo e empresas discutem a revisão de algumas estimativas de custo do investimento, decorrentes de desatualização de informações contidas nos estudos dos projetos. “São estudos complexos”, admite. “Mas o edital precisa ter estimativas conservadoras. Se o licitante quiser arriscar é problema dele”, afirmou, em referência à ousadia das propostas dos consórcios interessados nas rodovias.