O crescimento da receita abaixo da inflação no setor de serviços, divulgado nesta terça-feira, 18, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sinaliza uma tendência de estagnação no setor. “No acumulado de 12 meses, há claramente uma redução na atividade e um crescimento real negativo”, afirma o economista-chefe do Banco ABC Brasil, Luiz Otávio Leal. “Os serviços, que vinham sustentando o crescimento econômico, também seguem para um cenário de estagnação”.

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O economista argumenta que a inflação de serviços tende a uma desaceleração no médio prazo. A despeito do crescimento fraco, os preços dos serviços não devem sofrer deflação “dada a inércia natural do setor”. “Dificilmente, haverá uma redução. É até intuitivo: é difícil ver cair a mensalidade da escola ou o quanto cobram a manicure, o cabeleireiro”, diz.

Leal afirma que a expectativa é de a inflação de serviços encerrar 2015 em torno de 7%. “Ainda estará acima do teto da meta, mas será menor do que os mais de 8% que vemos atualmente”, diz o economista. Caso se confirme, o resultado irá contribuir para compensar parte dos aumentos nos preços administrados esperados para o ano que vem, diz Leal.

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