A atualização da série do Produto Interno Bruto (PIB) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) pode tornar insuficientes os R$ 66 bilhões que o setor público precisa economizar para atingir a meta de superávit primário de 1,2% na proporção do produto, mas como a relação dívida/PIB vai ficar menor nada mudará em termos de sustentabilidade da dívida, que é o que importa para as agências de rating. A avaliação, preliminar porque o IBGE não abriu ainda totalmente os números, é do economista-chefe do Banco ABC Brasil, Luís Otávio de Souza Leal.

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Pela manhã, o IBGE anunciou as revisões do PIB de 2010 e 2011. Com a mudança na metodologia de cálculo, o PIB de 2010 passou de 7,5% para 7,6% e o de 2011, de 2,7% para 3,9%.

Os dados referentes a 2012 e 2013 ainda não foram revisados, mas segundo Souza Leal, do ABC Brasil, devem mostrar alguma alteração. “O crescimento em 2013 deverá ser maior, enquanto 2012 ficará menor por conta do maior peso dos investimentos no novo cálculo”, disse o economista. Para ele, o PIB em 2014 deve ficar em torno de zero, porque a mudança na metodologia se deu basicamente no segmento de serviços, pela ótica da oferta, e nos investimentos, pela ótica da demanda.

“O que muda é que a revisão mostra mudança de nível na renda per capita. Cada brasileiro ficou R$ 1.774 mais rico em 2011”, observou Souza Leal.

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